Um estudo divulgado pelo Governo Federal revelou que 1 a cada 4 beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida no estado de Goiás está com, pelo menos, uma prestação atrasada no financiamento. Os números de Goiás confirmam que 25% dos beneficiários de baixa renda não estão conseguindo pagar as prestações do financiamento de uma casa ou apartamento.
Na faixa I – voltada exclusivamente para famílias de baixa renda – a prestação não ultrapassa os R$270,00 por mês, pois a maior parte do valor do imóvel é subsidiada com recursos do Governo Federal, barateando, assim, a prestação do financiamento popular.
Os motivos apontados foram:
- Perda do poder aquisitivo em decorrência da crise econômica;
- Desemprego;
- Dificuldade em obter a segunda via – quando o documento não é entregue pelos Correios até a data de vencimento;
- Aumento das prestações na terceira fase do programa – Antes a prestação mínima na faixa 1 era R$ 25 e a máxima R$80,00. No lançamento da terceira fase a menor prestação passou a R$80,00 e, a máxima, R$270,00, ou seja, quem foi beneficiado a partir de 2016 já está pagando mais caro;
Para tentar sanar o problema e reduzir esse número o Governo Federal vai formar parceria com Estados, Municípios e agentes financiadores (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) para um grande mutirão nacional de negociação para, dessa forma, diminuir o número de inadimplentes que não para de crescer.
Quem não negocia pode até perder o imóvel, isso porque a CEF e o BB tem entrado na justiça para retomar a posse do imóvel com mais de três prestações em atraso. Em muitos casos o mutuário perde o direito ao imóvel, o imóvel retomado, por sua vez, é cedido a outro beneficiário (depois de reformado) por meio de um novo financiamento.
Quanto a questão do desemprego, os próprios financiamentos contam com um seguro que garante o pagamento das prestações por um período até que o beneficiário possa retomar o seu poder aquisitivo. Para acioná-lo basta procurar uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil – preferencialmente aquela que assinou o contrato – e verificar quais são as coberturas do seguro embutido no financiamento habitacional.